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Qual o diagnóstico e conduta para este caso?

por Matheus Franco
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Paciente masculino, 56 anos, antecendente de transplante hepático há 4 meses, apresenta quadro de icterícia e colúria há 3 semanas. Foi submetido à CPRE, com imagens abaixo:

 

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ARTIGO COMENTADO – Comparação entre prótese metálica vs múltiplas próteses plásticas na estenose biliar por pancreatite crônica.

Matheus Franco
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Advanced Endoscopy Fellowship na Cleveland Clinic, Ohio, EUA.

Doutorado em Gastroenterologia pela FMUSP.

Mestrado na Escola Paulista de Medicina – UNIFESP/EPM.

Membro titular da SOBED e FBG.


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9 Comentários

CAROLINE TATIM SAAD VARGAS 24/09/2017 - 11:36 pm

Caso bem interessante. Devemos sempre pensar em refluxo não ácido nos pacientes recidivantes e/ou refratários aos IBP, e caso a pHmetria não evidencie refluxo ácido, a investigação com impedancioPh-metria é mandatória para elucidação diagnóstica.

Matheus Franco 14/05/2017 - 8:06 pm

Olá Lucas.
Eu tentaria sim o tratamento endoscópico como primeira alternativa.
Dilatação mais próteses para a estenose biliar. E no segundo momento litotripsia do cálculo com tentativa de remoção.
Claro que se trata de CPRE complexa e difícil. Então, o acompanhamento conjunto com a cirurgia é muito importante se houver falha ou até mesmo complicações.
Abraço

Lucas Marques 08/05/2017 - 10:49 pm

Matheus,

Fiz uma cpre em um caso semelhante, porém o paciente jovem de 18 anos era transplantado desde próximo do nascimento e referia ser assintomático , ficou ictérico e solicitaram uma cpre pq uma USG viu uma coledocolitíase e dilatação da via biliar … Na CPRE, o colédoco parecia um cisto de Todani IC logo acima da anastomose estenosada, com um cálculo gigante em seu interior.

Você acredita que podemos investir na dilatação dessa estenose e posteriormente quebrar o cálculo para removê-lo.. ou prefere optar pela resolução cirúrgica do caso.

Matheus Franco 06/10/2016 - 9:40 pm

Acho que essa é a principal indicação para uso de próteses metálicas nesses casos. Existem estudos mostrando eficácias semelhantes com as duas abordagens, com a vantagem da redução no número de procedimentos, e possível redução nos custos, com o uso das próteses metálicas. Parece ser uma abordagem interessante para pacientes com alto risco cirúrgico/anestésico, ou com dificuldade para acesso a serviço de endoscopia com CPRE.

Martins FP, Kahaleh M, Ferrari AP. Management of liver transplantation biliary stricture: Results from a tertiary hospital. World J Gastrointest Endosc. 2015 Jun 25;7(7):747-57.

Daniel de Alencar Macedo Dutra 06/10/2016 - 9:01 am

Parabens pelo caso Matheus.
Qual sua opinião sobre a utilização de prótese metálica auto-expansível totalmente coberta para dilatação destas estenoses na tentativa de diminuir a troca de próteses a cada trimestre?

Matheus Franco 02/11/2015 - 9:58 pm

Leonardo, costumamos no seguimento retirar todas as próteses, realizar colangiografia para reavaliação da estenose e na sequência repassar múltiplas próteses plásticas, mesmo que seja necessário dilatar com balão (de 8 a 10 mm). Sempre que possível para atingir o número de 6 próteses de 10Fr, pois isso dá uma patência de 10 mm. Costumamos respeitar o tempo total de tratamento de 12 meses, pois isto tem impacto na menor recidiva da estenose. Muito obrigado pelo cometário.

Leonardo Sales 01/11/2015 - 5:36 pm

Caso bem ilustrativo. Parabéns, Matheus.

Na experiência de vocês costumam retirar as próteses a cada sessão para uma melhor colangiografia e avaliar necessidade de dilatação e manter próteses e cpres posteriores ou apenas passam logo mais prótese colangiografando com as anteriores in situ ou até mesmo sem colangiografar e deixando pra reavaliar apenas ao final de 12 meses? Objetivam que diâmetro ideal ou que parâmetros endoscópicos costumam usar para definir sucesso do tratamento (puxar um balão extrator insuflado por exemplo e avaliar a resistência ao nível do estreitamento). Aliado, obviamente, à melhora clínica e laboratorial.

Vejo de fato a prótese auto-expansível metálica totalmente recoberta como excelente opção, pois, apesar do mais alto custo, encurtaria o tempo do tratamento e reduziria a necessidade de cpres posteriores.

Abraço.

Bruno Martins 30/10/2015 - 9:15 pm

Belo caso!

Luiz Mestieri 30/10/2015 - 7:10 pm

Bom caso, Matheus! Obrigado!

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