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Classificação BING (Barrett’s International NBI Group)

por Bruno Medrado
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Classificação Esôfago

Objetivo

A Classificação BING foi desenvolvida com o propósito de identificar displasia de alto grau e adenocarcinoma esofágico em pacientes com esôfago de Barrett, utilizando a tecnologia de Narrow-Band Imaging (NBI).

O sistema surgiu como uma resposta às limitações da endoscopia com luz branca e da biópsia aleatória pelo protocolo de Seattle, oferecendo uma ferramenta simples, validada e de aplicação prática, que aumenta a acurácia diagnóstica e pode reduzir a necessidade de múltiplas biópsias.

Critérios

A Classificação BING baseia-se na análise dos padrões da mucosa e dos vasos:

Mucosa:

  • Regular: padrão circular, estriado/viloso ou tubular.
  • Irregular: padrão ausente ou desorganizado.

Vasos:

  • Regulares: seguem a arquitetura da mucosa, com disposição ordenada e ramificação normal.
  • Irregulares: não acompanham a arquitetura mucosa, focalmente ou difusamente.

Padrões regulares → indicam epitélio não displásico (NDBE).

Padrões irregulares → sugerem displasia/câncer (HGD/EAC).

Validação clínica:

  • Acurácia global: 85%
  • Sensibilidade: 80%
  • Especificidade: 88%

Aplicação

A Classificação BING representa um avanço prático na vigilância endoscópica do esôfago de Barrett. Permite distinguir áreas não displásicas, candidatas a seguimento, de áreas sugestivas de displasia ou câncer, que necessitam de biópsia direcionada ou ressecção endoscópica. Favorece a detecção precoce de neoplasia, reduzindo as limitações associadas a biópsias aleatórias.

Referência:

Sharma P, Bergman JJGHM, Goda K, Kato M, Messmann H, Alsop BR, et al. Development and Validation of a Classification System to Identify High-Grade Dysplasia and Esophageal Adenocarcinoma in Barrett s Esophagus Using Narrow-Band Imaging. Gastroenterology. 2016;150(3):591 598. doi:10.1053/j.gastro.2015.11.037


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