Indicações:
Presença de cálculos de colédoco gigantes ou não, quando a papilotomia não foi suficiente para permitir a retirada do cálculo.
Contraindicação:
A principal contraindicação deste procedimento é a presença de desproporção acentuada entre o cálculo e o colédoco distal, seja pela presença de estenose ou não.
Técnica
A técnica consiste na realização da papilotomia seguido da passagem do balão dilatador transpapilar, mantendo-o 80% da sua extensão dentro do colédoco, e 20% na luz duodenal.
A escolha do diâmetro do balão depende do tamanho do cálculo e da via biliar distal:
- Cálculo/ colédoco distal 12-14 mm: balão 12-15 mm
- Cálculo/ colédoco distal 15-17 mm: balão 15-18 mm
- Cálculo/ colédoco distal 18-20 mm: balão 18-20 mm
O balão é preenchido com contraste para avaliação da cintura radiológica e insuflado até o diâmetro desejado de acordo com a pressão indicada no balão. O desaparecimento da cintura indica a ruptura do esfíncter, sendo fundamental para permitir a passagem do cálculo.
O tempo de permanência do balão insuflado não está padronizado na literatura, podendo ficar de 30 seg a 3 minutos.
Após a dilatação da papila retira-se o balão e realiza-se a varredura com balão extrator ou basket.
A taxa de sucesso na remoção dos cálculos gigantes por esta técnica atinge cifras de 95% com índice de complicações não superiores a pacientes que realizam apenas a esficterotomia.