A classificação de Stapfer é a mais utilizada para perfuração após CPRE e baseia-se no mecanismo, localização anatômica e gravidade da lesão.
Tipo | Lesão |
I | Perfuração da parede intestinal livre |
II | Perfuração periampular (retroperitôneo) |
III | Perfuração do ducto pancreático ou biliar |
IV | Ar no retroperitônio em exame de imagem (sem perfuração evidente) |
A perfuração pós-CPRE ocorre em 0,5% dos casos.
Os tipos de perfuração apresentam mecanismos diferentes:
I – relacionada ao endoscópio;
II – relacionada à esfincterotomia e manipulação periampular;
III – relacionada à instrumentação da via biliar;
IV – relacionada à insuflação excessiva junto a papila.
O tratamento inicial depende do tipo de perfuração:
I – eminentemente cirúrgico (pode tentar tratamento endoscópico);
II – tratamento endoscópico (prótese metálica autoexpansível totalmente recoberta);
III – tratamento endoscópico (prótese biliar ou pancreática) e observação;
IV – observação nos assintomáticos.
Referências:
- Stapfer M, Selby RR, Stain SC, et al. Management of duodenal perforation after endoscopic retrograde cholangiopancreatography and sphincterotomy. Ann Surg 2000; 232:191.
- ASGE Standards of Practice Committee, Chandrasekhara V, Khashab MA, Muthusamy VR, Acosta RD, Agrawal D, Bruining DH, Eloubeidi MA, Fanelli RD, Faulx AL, Gurudu SR, Kothari S, Lightdale JR, Qumseya BJ, Shaukat A, Wang A, Wani SB, Yang J, DeWitt JM. Adverse events associated with ERCP. Gastrointest Endosc. 2017 Jan;85(1):32-47.