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Classificação de Sakita

por Bruno Medrado
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Classificação Estômago

A classificação de Sakita visa fornecer uma sistemática para descrever e categorizar as úlceras gástricas com base em suas características endoscópicas e nas diferentes fases do ciclo evolutivo da úlcera. Isso permite uma comunicação mais precisa e consistente entre os médicos e pesquisadores, facilitando a compreensão das características clínicas das úlceras e o desenvolvimento de estratégias de tratamento adequadas.

São descritas três fases principais (A, H e S) e os números 1 e 2 de acordo com a etapa evolutiva.

Classificação de Sakita

  • A1 (Active): A lesão geralmente tem bordas planas e nítidas, fundo com fibrina e por vezes restos necróticos.
  • A2 (Active): As bordas tornam-se bem definidas, às vezes elevadas, tomando forma mais nítida, fundo com fibrina espessa e clara.
  • H1 (Healing): A fibrina torna-se mais tênue, inicia-se discreta convergência de pregas, com hiperemia marginal.
  • H2 (Healing): Notam-se ilhas de tecido de regeneração, com convergência nítida de pregas e intensa hiperemia marginal.
  • S1 (Scar): Inicia-se a formação de uma cicatriz vermelha com reação inflamatória adjacente residual.
  • S2 (Scar): resolução do quadro com formação de cicatriz branca, com retração adjacente variável.

É importante mencionar que a classificação de Sakita é mais confiável na caracterização de lesões agudas e pode ser limitada em casos de recidivas, devido a sequelas prévias, como convergência de pregas, pseudodivertículos e retração cicatricial, o que pode alterar a morfologia e o estadiamento da úlcera.

Referência:

Sakita T, Oguro Y, Takasu S, Fukutomi H, Miwa T. Observations on the healing of ulcerations in early gastric cancer. The life cycle of the malignant ulcer. Gastroenterology. 1971;60(5):835–9.


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