A doença de Whipple é uma doença multissistêmica rara cujo agente causal é um bacilo gram-positivo, o Tropheryma whippelii. Por ter formas de apresentação variadas e por se tratar de uma doença rara é muitas vezes diagnosticada tardiamente.

Ela é caracterizada por febre, diarreia, má absorção com consequente perda de peso, adenopatias, poliartrite, hiperpigmentação cutânea e, ocasionalmente, por envolvimento do SNC ou manifestações cardíacas, como miocardite, pericardite e endocardite, esta última algumas vezes ocorrendo sem evidência de envolvimento gastrintestinal (1).

Esta doença deve ser considerada em todos os pacientes que apresentarem as 4 manifestações principais ( dor abdominal, diarréia, perda de peso e artralgia) (2) O método de primeira escolha para o diagnóstico é a endoscopia digestiva alta (EDA), com biópsia e análise histológica com coloração de PAS.

Os achados endoscópicos mais frequentes são o espessamento das pregas da mucosa na segunda porção duodenal, com exsudados esbranquiçados confluentes, representando deposição lipídica na mucosa, alternando com erosões e áreas de friabilidade da mucosa (1).

O tratamento é realizado com ceftriaxone ou meropenem por 2 semanas, seguido por terapia oral com sulfametoxazol-trimetroprim por 1 ano para prevenir as manifestações do sistema nervoso central(3).

Qual o diagnóstico deste achado na segunda porção duodenal?

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