A doença celíaca (DC) é uma intolerância permanente induzida pelo glúten - principal fração protéica presente no trigo, centeio e cevada - que se expressa por uma enteropatia mediada por linfócitos T, em indivíduos geneticamente predispostos.

É considerada uma doença autoimune, cujo fator ambiental desencadeante é conhecido. A forma clássica é caracterizada pela presença de diarréia crônica, em geral acompanhada de distensão abdominal e perda de peso.

O paciente também pode apresentar diminuição do tecido celular subcutâneo, atrofia da musculatura glútea, falta de apetite, alteração de humor (irritabilidade ou apatia), vômitos e anemia.

Os achados endoscópicos característicos incluem: Pregas "em fatias", com fissuras e aspecto serrilhado; Pregas achatadas; Pregas de tamanho reduzido e/ou que desaparecem com a insuflação máxima. À magnificação notam-se redução e aglutinação das vilosidades, com uma mucosa totalmente sem vilosidades e aspecto em mosaico nos casos avançados. O passo mais importante para diagnosticar a DC é, em primeiro lugar, pensar na doença e reconhecer seus múltiplos aspectos clínicos. Não há um único teste capaz de diagnosticar definitivamente a DC . A combinação dos achados clínicos com a sorologia e a histologia fará o diagnóstico final da doença.

A endoscopia se tornou o método mais conveniente para se obter biópsias da mucosa do intestino delgado, que devem ser realizadas na segunda e terceira porções do duodeno. Pelo menos 6 fragmentos devem ser obtidos para aumentar a sensibilidade no diagnóstico.

REFERÊNCIAS: Projeto Diretrizes Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva Gestão 2009-2010.

Achado na segunda porção duodenal. Qual o diagnóstico?

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