Esofagite péptica – Hetzel
Esofagite péptica – Allison
Esofagite péptica – Savary Miller
A classificação de Savary-Miller original foi proposta em 1967 e depois modificada em 1989.
Ainda é bastante utilizada, porém vem sendo substituída pela de Los Angeles.
A classificação a seguir trata-se da Savary-Miller modificada:
Grau 1 | Uma ou mais erosões, lineares ou ovaladas, em uma única prega longitudinal. |
Grau 2 | Várias erosões, situadas em mais de uma prega longitudinal, confluentes ou não, mas que não ocupam toda a circunferência do esôfago. |
Grau 3 | Erosões confluentes que se estendem por toda a circunferência do esôfago. |
Grau 4 | Lesões crônicas: úlcera(s) e estenose(s), isoladas ou associadas às lesões nos graus 1 a 3. |
Grau 5 | Epitélio colunar em continuidade com a linha Z: circunferencial ou não, de extensão variável, associado ou não às lesões dos graus 1 a 4. |
SM 1
SM 2
SM 3
SM 5

Esôfago de Barrett já define SM 5
Referências:
- Savary M, Miller G. The Esophagus.Handbook and Atlas of Endoscopy. Solothurn: Gassmann Verlag, AG, 1978.
- Ollyo JB, Monnier P, Fontolliet C, Birchler R, Fasel J, Levi F, et al. [Savary’s ulcer: a new complication of gastroesophageal reflux? Apropos of 32 endoscopically observed cases]. Schweiz Med Wochenschr. 1988;28;118(21):823-7.
Esofagite por Candida – Kodsi
A classificação de Kodsi é utilizada para categorizar a esofagite por Candida, uma das formas mais comuns de esofagite infecciosa. A classificação foi proposta por Kodsi em 1976 e divide a candidíase esofágica em quatro graus, usando os seguintes achados da avaliação endoscópica: número e tamanho de placas esbranquiçadas, presença de edema, hiperemia, ulcerações e estreitamento da luz do órgão. Segue detalhamento da classificação:
Graus de esofagite por Candida (Kodsi) | |
Grau | Achados Endoscópicos |
Grau I | Pequeno número de placas (menores de 2mm) esbranquiçadas e elevadas com hiperemia, mas sem evidência de ulceração ou edema |
Grau II | Múltiplas placas acima de 2mm com edema e hiperemia. Não ocorrem úlceras. |
Grau III | Placas confluentes elevadas lineares ou nodulares com hiperemia e ulceração. |
Grau IV | Grau III mais friabilidade da mucosa que pode estar associada com estreitamento da luz do órgão. |
Referência:
Kodsi BE, Wickremesinghe C, Kozinn PJ, Iswara K, Goldberg PK. Candida esophagitis: a prospective study of 27 cases. Gastroenterology. 1976 Nov;71(5):715-9. PMID: 964563.
Esofagite erosiva – Los Angeles
A classificação de Los Angeles é uma das principais classificações utilizadas na endoscopia para avaliar as alterações da mucosa esofágica em pacientes com sintomas de doença do refluxo (DRGE). Essa classificação foi desenvolvida para diagnosticar a gravidade do esofagite de refluxo, correlacionando-a com a resposta a determinados tratamentos e o risco de complicações, como estenoses pépticas.
Historicamente, havia uma variabilidade significativa entre os endoscopistas na descrição das diferentes aparências endoscópicas associadas à DRGE, com diversas classificações anteriores tendo sido descritas, muitas sem desenvolvimento formal, validação e revisão por pares. Isso dificultava a comunicação dos achados e representava uma barreira para a interpretação precisa dos resultados de ensaios clínicos terapêuticos que relatavam taxas de sucesso no tratamento da doença de refluxo erosiva.
Em sua forma final, a classificação de Los Angeles (LA) foi publicada em 1999. Ela foi desenvolvida pelo Grupo de Trabalho Internacional para a Classificação da Esofagite, com o apoio da Organização Mundial de Gastroenterologia, e proposta pela primeira vez em 1994. A classificação foi apresentada pela primeira vez no Congresso Mundial de Gastroenterologia realizado em Los Angeles, o que deu nome à classificação.
Confira abaixo graus da Esofagite erosiva – Los Angeles
Grau | Descrição |
---|---|
A | Uma ou mais erosões de mucosa com tamanho máximo de 5 mm, que não se estendem entre os topos de duas pregas mucosas. |
B | Uma ou mais erosões de mucosa com tamanho superior a 5 mm, que não se estendem entre os topos de duas pregas mucosas. |
C | Uma ou mais erosões de mucosa contínuas entre os topos de duas ou mais pregas mucosas, mas que envolvem menos de 75% da circunferência esofágica. |
D | Uma ou mais erosões de mucosa que envolvem pelo menos 75% da circunferência esofágica. |
Exemplos:
-
GRAU A
Confira o que é esofagite erosiva grau A de Los Angeles.
Uma (ou mais) solução de continuidade da mucosa confinada às pregas mucosas, não maiores que 5 mm cada;
-
GRAU B
Esofagite erosiva grau b de Los Angeles: Pelo menos uma solução de continuidade da mucosa com mais de 5 mm de comprimento, confinada às pregas mucosas e não contíguas entre o topo de duas pregas;
-
GRAU C
Pelo menos uma solução de continuidade da mucosa confluente entre o topo de duas (ou mais) pregas mucosas, ocupando menos que 75% da circunferência do esôfago;
-
GRAU D
Uma ou mais quebra de mucosa que envolve ao menos 75% da circunferência do esôfago.
Referências:
Lundell LR, Dent J, Bennett JR, Blum AL, Armstrong D, Galmiche JP, Johnson F, Hongo M, Richter JE, Spechler SJ, Tytgat GN, Wallin L. Endoscopic assessment of oesophagitis: clinical and functional correlates and further validation of the Los Angeles classification. Gut. 1999 Aug;45(2):172-80. doi: 10.1136/gut.45.2.172. PMID: 10403727; PMCID: PMC1727604.
Classificações no Endoscopia Terapêutica
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Zargar – Esofagite cáustica
Classificação de Savary – Miller
Savary – Miller modificada
Grau I
Erosão única, ovalada ou linear, com ou sem exsudato fibrinoso, localizada em uma única prega longitudinal
Grau II
Erosões lineares, com ou sem exsudato, situadas em mais que uma prega longitudinal, com ou sem confluência
Grau III
Erosões confluentes que adquirem aspecto circular, ocupando toda a circunferência, com exsudato
Grau IV
Lesões de caráter crônico: ulceras, subestenose, esôfago curto, isoladas ou associadas ás lesões observadas nos graus I, II ou III
Grau V
Esôfago de Barrett , associado ou não as lesões dos graus I a IV
Classificação de Sano
Linfoma Gástrico
Classificação de Sano
I. Tipo Superficial | Assume aspecto que se confunde com câncer gástrico precoce tipo IIc porém, de forma geral, não é lesão isolada; |
II. Tipo Ulcerativo | Úlceras com grande convergência de pregas. Deve-se fazer a diferenciação com câncer gástrico avançado Borrmann III ou precoce tipo III; |
III. Tipo Protruso | Apresenta-se com aspecto que se assemelha ao câncer gástrico avançado Borrmann I ou precoce tipo I; |
IV. Tipo Escavado | Apresenta-se como úlceras com bordas elevadas e com pouca convergência de pregas. Algumas vezes recebem a denominação de úlcera “em vulcão”. Deve-se fazer a diferenciação com Borrmann II; |
V. Tipo Pregas Gigantes | Pregas aumentadas de tamanho e espessas. Deve-se fazer a diferenciação com Borrmann IV ou gastrite endoscópica hiperplásica; |
VI. Tipos Mistos | Diferentes aspectos em um mesmo caso. |