Classificação EGGIM – Endoscopic Grading of Gastric Intestinal Metaplasia

Objetivo

Fornecer uma avaliação endoscópica, baseada em NBI (narrow-band imaging), da extensão da metaplasia intestinal gástrica (GIM), permitindo estratificar risco para câncer gástrico sem a necessidade de múltiplas biópsias.

Critérios

São avaliadas 5 áreas do estômago:

  • Curvatura menor e maior do antro
  • Curvatura menor e maior do corpo
  • Incisura angular

Cada área recebe um escore de:

  • 0 = ausência de GIM
  • 1 = GIM focal (≤30% da área)
  • 2 = GIM extensa (>30% da área)
  • Escore total varia de 0 a 10.

Aplicação

Cutoff validado: EGGIM ≥5 → correlaciona-se fortemente com OLGIM III/IV (sensibilidade 89% e especificidade 95%)

Impacto prático:

  • Escore com uso recomendando por guidelines internacionais.
  • Pacientes com EGGIM ≥5 → candidatos a vigilância endoscópica periódica (segundo ESGE/MAPS).

Referências

Esposito G, Pimentel-Nunes P, Angeletti S, et al. Endoscopic grading of gastric intestinal metaplasia (EGGIM): a multicenter validation study. Endoscopy. 2018;50(9): 901–909. doi:10.1055/a-0808-3186

Dinis-Ribeiro M, Libânio D, Uchima H, Spaander MCW, Bornschein J, Matysiak-Budnik T, Tziatzios G, Santos-Antunes J, Areia M, Chapelle N, Esposito G, Fernandez-Esparrach G, Kunovsky L, Garrido M, Tacheci I, Link A, Marcos P, Marcos-Pinto R, Moreira L, Pereira AC, Pimentel-Nunes P, Romanczyk M, Fontes F, Hassan C, Bisschops R, Feakins R, Schulz C, Triantafyllou K, Carneiro F, Kuipers EJ. Management of epithelial precancerous conditions and early neoplasia of the stomach (MAPS III): European Society of Gastrointestinal Endoscopy (ESGE), European Helicobacter and Microbiota Study Group (EHMSG) and European Society of Pathology (ESP) Guideline update 2025. Endoscopy. 2025 May;57(5):504-554. doi: 10.1055/a-2529-5025. Epub 2025 Mar 20. PMID: 40112834.




Lesão mural profunda em cólon – Sydney

Objetivo

Padronizar a descrição endoscópica da integridade da muscular própria após ressecção de lesões colônicas ≥20 mm, estratificando o risco de perfuração imediata ou tardia e guiando a conduta endoscópica.

Critérios

Classificação em cinco tipos (I–V):

  • Tipo 0: Defeito normal pós-resseção, com submucosa exposta e sem lesão da muscular própria.
  • Tipo I: Muscular própria exposta, mas íntegra (“sinal da baleia”).
  • Tipo II: Submucosa com fibrose, dificultando distinção entre submucosa e muscular própria.
  • Tipo III: Lesão parcial da muscular própria, com sinal-alvo (“target sign”) na peça ou no leito.
  • Tipo IV: Perfuração transmural “limpa” (sem contaminação fecal).
  • Tipo V: Perfuração transmural com contaminação fecal.

Aplicação

Tipo I–II (lesões potenciais da muscular própria): podem ser clipadas a critério do endoscopista. Recomendação atual: clipar especialmente o Tipo II, dado risco de perfuração tardia.
Tipo III–V (lesão confirmada/perfuração): devem sempre ser fechadas com clipes; na presença de Tipo V ou instabilidade clínica, indicar avaliação cirúrgica.

A classificação permite definir:

  • Estratégia de manejo imediato (clipagem seletiva ou mandatória).
  • Critérios de alta: pacientes com lesão mural profunda adequadamente clipados e estáveis podem receber alta no mesmo dia em muitos casos.
  • Impacto prático: o uso da classificação em protocolo reduziu perfuração clínica significativa para 0,2% no estudo, abaixo da média de séries históricas.

Referência

Burgess NG, Bassan MS, McLeod D, Williams SJ, Byth K, Bourke MJ. Deep mural injury and perforation after colonic endoscopic mucosal resection: a new classification and analysis of risk factors. Gut. 2017;66(10):1779–1789. doi:10.1136/gutjnl-2015-309848




Classificação de Hill

Objetivo

Avaliar endoscopicamente a competência da junção esofagogástrica por meio da observação da prega valvar gastroesofágica, classificando-a em graus que se correlacionam com o risco de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).

Critérios

A aparência da válvula ao retroflexo do endoscópio é graduada de I a IV:

  • Grau I: prega mucosa proeminente ao longo da pequena curvatura, firmemente adaptadas ao endoscópio.
  • Grau II: prega presente, mas com abertura intermitente durante a respiração, fechando rapidamente.
  • Grau III: prega pouco definida, fechamento incompleto ao redor do endoscópio; geralmente associada à hérnia hiatal.
  • Grau IV: ausência de prega; junção permanece aberta com visualização do epitélio escamoso; hérnia hiatal quase sempre presente.

Aplicação clínica

Predição de doença e necessidade de tratamento

  • Estudo de coorte (922 pacientes, 6 anos de seguimento, 2023):

    • Hill III–IV → fortemente associados a esofagite e necessidade de prescrição de uso de inibidores de bomba de próton ao longo do seguimento.
    • Hill IV → maior associação com esôfago de Barrett.
    • Hill II–III → maior frequência de esofagite quando comparados ao Grau I.
    • Observou-se que, à medida que o grau aumenta, cresce também a prevalência de sintomas de refluxo (pirose).

Implicações terapêuticas (ASGE)

  • Hill I–II → podem ser submetidos a procedimentos endoscópicos de correção de refluxo.
  • Hill III–IV → geralmente indicam necessidade de tratamento cirúrgico, dado o envolvimento anatômico do hiato e a insuficiência de terapias exclusivamente endoscópicas.

Importância na prática endoscópica

classificação de Hill fornece um marcador objetivo da barreira mecânica antirrefluxo na transição esofagogástrica, é recomendada por guidelines internacionais e ,quando incorporadas à avaliação endoscópica de pacientes com suspeita de DRGE, podem auxiliar tanto o seguimento clínico quanto a estratégia terapêutica (endoscópica vs cirúrgica).

Referência

Hill LD, Kozarek RA, Kraemer SJM, Aye RW, Mercer CD, Low DE, Pope CE II. The gastroesophageal flap valve: in vitro and in vivo observations. Gastrointest Endosc. 1996;44(5):541-547. doi:10.1016/S0016-5107(96)70006-8

Cheong JH, Kim GH, Lee BE, et al. Endoscopic grading of gastroesophageal flap valve helps predict proton pump inhibitor response in patients with gastroesophageal reflux disease. Scand J Gastroenterol. 2011 Jul;46(7-8):789-96. doi: 10.3109/00365521.2011.579154. Epub 2011 May 26. PMID: 21615222.

ASGE Standards of Practice Committee; Desai M, Ruan W, Thosani NC, Amaris M, Scott JS, Saeed A, Abu Dayyeh B, Canto MI, Abidi W, Alipour O, Amateau SK, Cosgrove N, Elhanafi SE, Forbes N, Kohli DR, Kwon RS, Fujii-Lau LL, Machicado JD, Marya NB, Ngamruengphong S, Pawa S, Sheth SG, Thiruvengadam NR, Qumseya BJ; ASGE Standards of Practice Committee Chair. American Society for Gastrointestinal Endoscopy guideline on the diagnosis and management of GERD: summary and recommendations. Gastrointest Endosc. 2025 Feb;101(2):267-284. doi: 10.1016/j.gie.2024.10.008. Epub 2024 Dec 17. PMID: 39692638.

Veja mais: Você sabe avaliar o hiato diafragmático?




Classificação da Integridade da Junção Esofagogástrica (EGJ) – American Foregut Society

Objetivo

A junção esofagogástrica (EGJ) representa a principal barreira antirrefluxo, formada pela interação do esfíncter esofagiano inferior e das estruturas diafragmáticas. Alterações anatômicas, especialmente a hérnia hiatal, impactam diretamente no desenvolvimento e na gravidade da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).
Com o objetivo de padronizar a descrição endoscópica e radiológica dessas alterações, a American Foregut Society (AFS) publicou uma proposta de classificação objetiva da integridade da EGJ.

Critérios

A classificação estratifica a integridade da EGJ em quatro graus, com deterioração progressiva da anatomia:

  • Grau 1 – EGJ íntegra, sem evidência de hérnia hiatal ou ruptura crural.
  • Grau 2 – Pequeno desarranjo anatômico, como discreta separação entre esfíncter e crura diafragmática.
  • Grau 3 – Hérnia hiatal evidente, com comprometimento parcial da barreira antirrefluxo.
  • Grau 4 – Disrupção estrutural importante, incluindo hérnias volumosas ou falha crural acentuada.

Aplicação

  • Padronização de relatórios: fornece linguagem comum entre endoscopistas, radiologistas e cirurgiões.
  • Estratificação de risco: relaciona o grau de alteração anatômica com sintomas clínicos e falha da barreira antirrefluxo.
  • Planejamento terapêutico: auxilia na indicação de fundoplicatura, técnicas endoscópicas ou seguimento clínico.
  • Ensino e pesquisa: promove uniformidade em estudos comparativos e em treinamentos de endoscopia e cirurgia do esôfago.

Classificação AFS da Integridade da EGJ é uma ferramenta prática que aproxima a descrição endoscópica da realidade clínica e cirúrgica, permitindo maior uniformidade na comunicação entre especialistas e melhor direcionamento terapêutico para pacientes com DRGE e hérnia hiatal.

Referência

Nguyen NT, Thosani NC, Canto MI, et al. The American Foregut Society White Paper on the Endoscopic Classification of Esophagogastric Junction Integrity. Foregut. 2022;2(4):339-348. doi:10.1177/26345161221126961




Classificação BING (Barrett’s International NBI Group)

Objetivo

A Classificação BING foi desenvolvida com o propósito de identificar displasia de alto grau e adenocarcinoma esofágico em pacientes com esôfago de Barrett, utilizando a tecnologia de Narrow-Band Imaging (NBI).

O sistema surgiu como uma resposta às limitações da endoscopia com luz branca e da biópsia aleatória pelo protocolo de Seattle, oferecendo uma ferramenta simples, validada e de aplicação prática, que aumenta a acurácia diagnóstica e pode reduzir a necessidade de múltiplas biópsias.

Critérios

A Classificação BING baseia-se na análise dos padrões da mucosa e dos vasos:

Mucosa:

  • Regular: padrão circular, estriado/viloso ou tubular.
  • Irregular: padrão ausente ou desorganizado.

Vasos:

  • Regulares: seguem a arquitetura da mucosa, com disposição ordenada e ramificação normal.
  • Irregulares: não acompanham a arquitetura mucosa, focalmente ou difusamente.

Padrões regulares → indicam epitélio não displásico (NDBE).

Padrões irregulares → sugerem displasia/câncer (HGD/EAC).

Validação clínica:

  • Acurácia global: 85%
  • Sensibilidade: 80%
  • Especificidade: 88%

Aplicação

A Classificação BING representa um avanço prático na vigilância endoscópica do esôfago de Barrett. Permite distinguir áreas não displásicas, candidatas a seguimento, de áreas sugestivas de displasia ou câncer, que necessitam de biópsia direcionada ou ressecção endoscópica. Favorece a detecção precoce de neoplasia, reduzindo as limitações associadas a biópsias aleatórias.

Referência:

Sharma P, Bergman JJGHM, Goda K, Kato M, Messmann H, Alsop BR, et al. Development and Validation of a Classification System to Identify High-Grade Dysplasia and Esophageal Adenocarcinoma in Barrett s Esophagus Using Narrow-Band Imaging. Gastroenterology. 2016;150(3):591 598. doi:10.1053/j.gastro.2015.11.037




Esofagite Eosinofílica – EREFS

Objetivo

EREFS é um sistema para classificar a gravidade da esofagite eosinofílica através da quantificação de cinco achados endoscópicos (Edema – E; Furrows – F; Rings – R; Exsudate – E; Stricture – S), atribuindo uma pontuação a cada um deles. A proposta surgiu da necessidade de uniformizar a nomenclatura e permitir melhor comunicação entre especialistas, comparabilidade entre estudos e avaliação mais objetiva da atividade da doença durante diagnóstico e tratamento.

Critérios

Aplicação

  • Permite descrição padronizada e graduada das alterações endoscópicas na EoE.
  • Favorece diagnóstico diferencial e monitoramento da resposta terapêutica (ex.: esteroides tópicos).
  • Pode ser utilizada como endpoint objetivo em estudos clínicos, semelhante à Classificação de Los Angeles para DRGE.
  • Destaca-se como ferramenta útil para uniformizar linguagem entre endoscopistas em diferentes centros.

Referência

Hirano I, Moy N, Heckman MG, Thomas CS, Gonsalves N, Achem SR. Endoscopic assessment of the oesophageal features of eosinophilic oesophagitis: validation of a novel classification and grading system. Gut. 2013;62(4):489 495. doi:10.1136/gutjnl-2011-301817.




Sistema OLGIM (Operative Link on Gastric Intestinal Metaplasia Staging)

A classificação OLGIM é uma extensão do sistema OLGA (Operative Link on Gastritis Assessment) e substitui o parâmetro principal da OLGA, a gastrite atrófica, pelo achado de metaplasia intestinal (MI).

A inclusão da MI como marcador na classificação OLGIM melhora a reprodutibilidade e, consequentemente, amplia a capacidade de avaliação do risco de câncer gástrico em pacientes com lesões gástricas pré-malignas.

Referência:

Capelle LG, de Vries AC, Haringsma J, et al. The staging of gastritis with the OLGA system by using intestinal metaplasia as an accurate alternative for atrophic gastritis. Gastrointest Endosc. 2010;71(7):1150-1158. doi:10.1016/j.gie.2009.12.046




Sistema OLGA (Operative Link on Gastritis Assessment)

Objetivo

A gastrite atrófica é um achado frequente de exames endoscópicos, sendo um dos fatores de risco para o desenvolvimento de câncer gástrico.  Para identificar e estratificar grupos de risco foi criada uma classificação denominada OLGA (Operative Link of Gastritis Assesment), baseada na localização das biópsias e achados histológicos avaliando de forma objetiva o grau de atrofia.  A classificação é reprodutível, de fácil execução, permitindo selecionar o grupo de pacientes de maior risco que devem ter seguimento mais rígido, mantendo a custo-efetividade do rastreamento. 

Critérios

  • Baseia-se em biópsias de acordo com o sistema de Sydney (mínimo 5 fragmentos: 2 antro, 1 incisura, 2 corpo).

A atrofia (com ou sem metaplasia) é graduada em cada topografia (antro e corpo) em escala de 0 a 3 (ausente, leve, moderada, grave).

OLGA – Score de Atrofia Corpo – Sem atrofia (0) Corpo – Atrofia leve (1) Corpo – Atrofia moderada (2) Corpo – Atrofia severa (3)
Antro – Sem atrofia (0) Estágio 0 Estágio I Estágio II Estágio II
Antro – Atrofia leve (1) Estágio I Estágio I Estágio II Estágio III
Antro – Atrofia moderada (2) Estágio II Estágio II Estágio III Estágio IV
Antro – Atrofia severa (3) Estágio III Estágio III Estágio IV Estágio IV

A combinação dos escores do antro + corpo resulta no estágio OLGA (0–IV):

  • Estágios 0–II → risco baixo de câncer gástrico.
  • Estágios III–IV → risco alto, candidatos à vigilância endoscópica.

Aplicação

  • Estágios iniciais (0–II) → acompanhamento padrão, sem necessidade de vigilância endoscópica intensiva.
  • Estágio avançado (III–IV) → candidatos à vigilância periódica (intervalos de 3 anos- MAPS-ESGE).

Referências

Rugge M, Genta RM. Staging and grading of chronic gastritis. Hum Pathol. 2005 Mar;36(3):228-33. doi: 10.1016/j.humpath.2004.12.008. PMID: 15791566.

Rugge M, Meggio A, Pennelli G, et al. Gastritis staging in clinical practice: the OLGA staging system. Gut. 2007;56(5):631–636. doi:10.1136/gut.2006.106666




CDEIS (Crohn’s Disease Index of Severity)

O CDEIS é um índice desenvolvido pelo grupo de estudo GETAID (Groupe d’Étude des Affections Thérapeutique Inflammatoires du tube Digestif) que busca determinar de maneira objetiva a intensidade dos achados endoscópicos da doença de Crohn. Na sua configuração, o CDEIS leva em consideração quatro parâmetros, cada um avaliado em cinco segmentos pré-definidos: íleo, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente/ sigmoide e reto. Os parâmetros avaliados são:

  1. Superfície ulcerada: avalia a presença e extensão das úlceras em cada segmento do cólon.
  2. Superfície afetada pela doença: Avalia a área superficial afetada pela inflamação, enantema e outros sinais de atividade da doença em cada segmento.
  3. Presença de estenoses: a presença de estenoses, seja associado a úlceras ou a outras causas, é avaliada e registrada em cada segmento.
  4. Intensidade das lesões: Esse parâmetro quantifica a intensidade das lesões, levando em consideração fatores como profundidade das úlceras e grau de inflamação.

Cada parâmetro recebe uma pontuação com base na intensidade ou extensão dos achados em cada segmento. As pontuações de todos os parâmetros são somadas para obter o escore total do CDEIS. O indice pode ser calculado mesmo se a investigação endoscópica for incompleta, pois os resultados dos segmentos individuais são divididos pelo número de segmentos investigados.

A pontuação do CDEIS é calculada da seguinte maneira:

  1. Os resultados das quatro categorias (Totais 1, 2, 3 e 4) são somados para obter o Total A.
  2. O número de segmentos visualizados em parte ou totalmente (n) é registrado.
  3. O Total A é dividido por n para obter o Total B.
  4. Se houver estenose ulcerada em qualquer segmento, é adicionado 3 ao Total B, obtendo o Total C.
  5. Se houver estenose não ulcerada em qualquer segmento, é adicionado 3 ao Total B, obtendo o Total D.
  6. A pontuação final do CDEIS é calculada somando-se os Totais B, C e D.
Íleo Cólon Direito Cólon Transverso Cólon Esquerdo e Sigmoide Reto Total
Úlceras Profundas __ + __ + __ + __ + __ + Total 1
Úlceras Superficiais __ + __ + __ + __ + __ + Total 2
Superfície Afetada pela Doença (cm VAS*) __ + __ + __ + __ + __ + Total 3
Superfície Afetada por Úlceras (cm VAS*) __ + __ + __ + __ + __ + Total 4
Soma dos Totais 1+2+3+4 Total A
Número de Segmentos Visualizados (de 1 a 5) n
Total A/n Total B
Presença de estenose associada a úlcera em qualquer segmento (adicionar 3 pontos) Total C
Presença de estenose não associada a úlcera em qualquer segmento (adicionar 3 pontos) Total D
Total B + C + D Escore CDEIS
*VAS = Escala Visual Analógica

Sugere-se usar a escala visual em percentual de acometimento, por exemplo, quando houver um segmento acometido em cerca de 35% , o escore correspondente é 3,5 (35/10).

Embora os parâmetros de remissão usando o CDEIS não estejam formalmente validados, a resposta endoscópica completa tem sido considerada em valores menores do que 3 pontos.

  • Remissão: < 3 pontos
  • Atividade endoscópica leve: 3 – 8 pontos
  • Atividade endoscópica moderada: 9 – 12 pontos
  • Atividade endoscópica intensa: > 12 pontos

Referências:

Mary JY, Modigliani R. Development and validation of an endoscopic index of the severity for Crohn’s disease: a prospective multicentre study. Gut 1989; 30 (7): 983-989.




Kimura-Takemoto

A classificação de Kimura-Takemoto divide a atrofia gástrica em dois tipos principais: tipo fechado (C-type) e tipo aberto (O-type). Cada tipo é subdividido em três subtipos:

  • O tipo C-1 é caracterizado por atrofia gástrica que é visível apenas no antro e não no corpo gástrico.
  • Os tipos C-2 e C-3 apresentam uma borda atrófica que começa na grande curvatura do antro e se estende até próximo da parede anterior do estômago, formando uma área quase simétrica em forma de parábola acima do ângulo. A diferença entre os tipos C-2 e C-3 está na localização da borda atrófica em relação ao meio do estômago na curvatura menor. No tipo C-2, a borda atrófica está abaixo desse nível, enquanto no tipo C-3 está acima.
  • Nos tipos abertos, a área atrófica é amplamente distribuída, e a borda atrófica não está mais na curvatura menor, mas sim entre a curvatura menor e a parede anterior no tipo O-1, na parede anterior no tipo O-2 e entre a parede anterior e a grande curvatura no tipo O-3.

A intensidade da atrofia gástrica à endoscopia é classificada em 3 graus:

  • leve (C-1, C-2),
  • moderado (C-3, O-1)
  • grave (O-2, O-3)

Referências:

Kimura K, Takemoto T. An endoscopic recognition of the atrophic border and its significance in chronic gastritis. Endoscopy. 1969;1(02):87-97.